Triunfo dos investimentos
O S&P 500 estabeleceu um novo recorde de fechamento na quinta-feira. A quebra ocorreu quando os investidores examinaram os resultados dos lucros e ponderaram sobre os comentários recentes do ex-presidente Donald Trump. Seus comentários sobre taxas de juros mais baixas e preços mais baixos do petróleo despertaram o interesse do mercado.
Trump em Davos: Desafios e demandas
Em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Trump pediu à OPEP que reduza os preços do petróleo e instou os bancos centrais a reduzir as taxas de juros. Além disso, ele alertou a comunidade empresarial global sobre a possibilidade de tarifas sobre produtos fabricados fora dos Estados Unidos. Essas declarações se tornaram um novo ponto de discussão entre investidores e analistas.
Otimismo em meio a preocupações
"Os investidores gostam da ideia de taxas mais baixas e preços mais baixos do petróleo", disse Lindsay Bell, estrategista-chefe da 248 Ventures. Segundo ela, a reação do mercado mostra um otimismo cauteloso. Apesar disso, os participantes do mercado estão cautelosos com a possibilidade de uma inflação mais alta devido às ameaças tarifárias. Esses fatores poderiam retardar novos cortes nas taxas pela Reserva Federal.
O que vem a seguir?
A expectativa é que o Fed mantenha as taxas inalteradas na próxima semana, a primeira reunião do regulador no ano novo. Enquanto isso, os investidores continuam a monitorar de perto os sinais econômicos, tentando prever como as declarações de Trump e as políticas do Federal Reserve irão interagir.
Essa mistura tensa de fatores, por um lado, alimenta o crescimento do mercado e, por outro, mantém uma certa cautela nas ações dos participantes. O clima de otimismo ainda é dominante, mas a ameaça de tarifas e suas possíveis consequências continuam sendo um risco significativo.
O Fed permanece fiel a seus princípios
Peter Tooze, presidente do Chase Investment Counsel, na Virgínia, está confiante de que o Federal Reserve baseará suas decisões em dados econômicos objetivos, e não em declarações políticas. Segundo ele, é improvável que até mesmo as insistentes exigências de Trump influenciem as decisões do órgão regulador.
"É improvável que os comentários do presidente sobre as taxas tenham um impacto significativo sobre o Fed", enfatizou Tooze. "As decisões serão tomadas exclusivamente com base em uma análise dos dados econômicos atuais."
Reação do mercado: uma mistura de notícias e expectativas
Quinta-feira foi um dia marcante em Wall Street: todos os três principais índices apresentaram crescimento pelo quarto dia consecutivo. Os participantes do mercado observaram que tanto os relatórios de lucros corporativos quanto as possíveis mudanças nas políticas estavam pesando sobre o sentimento dos investidores.
O S&P 500 (.SPX) subiu 32,34 pontos, ou 0,53%, para 6.118,71. Foi o primeiro fechamento recorde do índice desde 6 de dezembro, quando estava prestes a atingir um novo recorde no dia anterior.
O Dow Jones Industrial Average (.DJI) foi ainda mais impressionante, adicionando 408,34 pontos, ou 0,92%, para encerrar o dia em 44.565,07. O Nasdaq Composite (.IXIC) subiu 44,34 pontos, ou 0,22%, para 20.053,68.
Setores que lideram: Saúde e industrial
Todos os 11 setores do S&P 500 encerraram o dia de negociação com dinâmica positiva. As ações do setor de saúde (.SPXHC) foram particularmente fortes, saltando 1,35%, enquanto o setor industrial (.SPLRCI) aumentou 0,96%.
O setor bancário (.SPXBK) também apresentou fortes ganhos. O índice fechou o dia com alta de 0,73%, atingindo um recorde de alta durante as negociações.
O que vem a seguir para os investidores?
As tendências atuais sugerem que o mercado está confiante em seu movimento de alta. Entretanto, ainda há dúvidas sobre o possível impacto das tarifas e como elas podem afetar a inflação e as decisões do Fed. Os investidores continuam cautelosos, embora o otimismo continue a alimentar os ganhos dos índices de ações.
A energia surge como favorita
O setor de serviços públicos (.SPLRCU), apesar de ter desacelerado para 0,47%, continua em destaque. As empresas de energia mostraram um impulso especial. A declaração de Donald Trump no Fórum Econômico Mundial sobre a necessidade de dobrar a capacidade energética para apoiar o rápido desenvolvimento da inteligência artificial tornou-se um impulso para o crescimento das ações de várias empresas.
Líderes do setor de energia
O setor de tecnologia (.SPLRCT), que subiu 2,5% ontem depois que Trump anunciou um investimento privado de US$ 500 bilhões em infraestrutura de IA, apresentou resultados mais modestos na quinta-feira. Ele subiu apenas 0,12%. Apesar disso, o setor continua no foco dos investidores de longo prazo.
Tecnologia perde impulso
O setor de tecnologia (.SPLRCT), que subiu 2,5% ontem depois que Trump anunciou um investimento privado de US$ 500 bilhões em infraestrutura de IA, apresentou resultados mais modestos na quinta-feira. Ele subiu apenas 0,12%. Apesar disso, o setor continua no foco dos investidores de longo prazo.
Reivindicações: Aumento surpreendente
O Departamento do Trabalho informou que os pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 223.000, um pouco acima da previsão de 220.000. O aumento foi uma pequena surpresa para os analistas, mas não teve um grande impacto sobre o sentimento geral do mercado.
Lucros das empresas: Altos e baixos
Entre as empresas que agradaram aos investidores, a GE Aerospace (GE.N) se destacou. Suas ações subiram 6,6% após a publicação de previsões de lucro otimistas para 2025. A seguradora Elevance (ELV.N) também subiu 2,7%, graças a um forte resultado no quarto trimestre.
Mas nem todos os relatórios foram positivos. As ações da Electronic Arts (EA.O) caíram 16,7% depois que a empresa cortou sua previsão de lucros para o ano inteiro. A American Airlines (AAL.O) também decepcionou os investidores, não atingindo as estimativas de lucros para 2025 e fazendo com que as ações caíssem 8,7%.
Conclusões: Investindo no futuro
A energia e a inteligência artificial continuam sendo as principais áreas de crescimento, mas a volatilidade em setores específicos, como tecnologia e companhias aéreas, faz com que os investidores fiquem atentos aos riscos. O mercado continua oscilando entre o otimismo e a cautela, com dados de desemprego e lucros corporativos acrescentando mais nuances ao cenário.
Interesse recorde na Europa
As empresas europeias estão mostrando sinais de crescimento sólido dos lucros pelo terceiro trimestre consecutivo, dando esperança aos investidores, apesar da contínua turbulência política e econômica e das ameaças de tarifas dos EUA.
Janeiro foi um mês marcante para os mercados europeus, com a taxa de entrada de investimentos sendo a segunda mais rápida em 25 anos, de acordo com o Bank of America. Isso aconteceu mesmo antes dos primeiros relatórios de lucros corporativos e apesar da retórica mais dura de Donald Trump em relação à UE.
Ameaças tarifárias e tensões crescentes
Apesar do otimismo, há ansiedade no ar. As declarações de Trump sobre a possível introdução de tarifas sobre as importações da UE estão aumentando as tensões. Nesse cenário, a Alemanha e a França, os dois principais motores da economia da zona do euro, estão enfrentando uma desaceleração no crescimento, enquanto a Itália permanece em uma recessão industrial. Esses fatores dificultam a obtenção de uma recuperação sustentável.
Principais destaques da temporada de relatórios
Esta semana, a atenção dos investidores está voltada para várias grandes empresas europeias. Na terça-feira, a líder do mercado de artigos de luxo LVMH (.LVMH.PA) divulgará seus resultados. Na quarta-feira, a fabricante holandesa de equipamentos de informática ASML (ASML.AS) divulgará seus resultados financeiros e, na quinta-feira, o Deutsche Bank (DBKGn.DE) divulgará seus relatórios. Na próxima semana, as atenções estarão voltadas para a gigante farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk (NOVOb.CO).
Já existem exemplos de relatórios bem-sucedidos. Em 16 de janeiro, as ações da fabricante suíça de artigos de luxo Richemont (CFR.S) dispararam, registrando seu maior ganho diário em 16 anos, depois que as vendas do quarto trimestre superaram as expectativas.
Realidade econômica: EUA lideram, Europa fica para trás
As últimas pesquisas de atividade comercial mostram que as maiores economias da zona do euro - Alemanha, França e Itália - estão sob o domínio de uma recessão industrial. Isso contrasta com os EUA, onde o forte crescimento econômico continua a sustentar o desempenho global. Essa diferença está prejudicando a competitividade das empresas europeias e seus lucros.
Euro fraco dá vantagem
Outro impulsionador das ações europeias foi o euro fraco, que perdeu cerca de 4,5% de seu valor no último ano. Um euro mais barato torna as exportações mais competitivas, apoiando a demanda pelos produtos da região.
Perspectivas em questão
Apesar de um forte influxo de investimentos e dos primeiros resultados animadores, os mercados europeus continuam sob pressão de fatores externos e internos. Nas próximas semanas, ficará claro se as empresas da região conseguirão atender às altas expectativas dos investidores. Enquanto isso, os participantes do mercado continuam a se equilibrar entre a cautela e a esperança de crescimento contínuo
A maior parte das receitas provém de fora da Europa
De acordo com os analistas da Goldman Sachs, cerca de 60% da receita das empresas europeias é gerada fora do continente. Isso destaca a dependência significativa da região em relação aos mercados globais e parceiros comerciais. Essa situação cria tanto oportunidades quanto riscos, especialmente devido à ameaça de tarifas dos EUA.
Ações europeias: um desconto histórico em relação ao mercado dos EUA
As ações europeias estão sendo negociadas atualmente com o maior desconto já registrado em relação ao S&P 500. De acordo com o LSEG Datastream, as empresas europeias estão sendo negociadas a uma relação preço/lucro (P/L) futura de cerca de 13,3, em comparação com 21,6 para as ações dos EUA. Isso destaca uma diferença significativa nas avaliações de mercado e, potencialmente, torna os ativos europeus mais atraentes para os investidores de longo prazo.
Principais previsões: Opiniões dos analistas
Muitos desses descontos e riscos globais já estão precificados nas estratégias dos investidores. Entretanto, como observam os analistas, um elemento importante na tomada de decisões será a previsão que as empresas farão para o ano corrente. Os setores que demonstrarem resistência a choques externos poderão entrar em foco.
O sucesso da Lanxess: o fator americano está do lado da Alemanha
Na segunda-feira, as ações da empresa química alemã Lanxess (LXSG.DE) subiram 5,1%. O impulso para isso foi o anúncio da empresa de que seu lucro no quarto trimestre superaria as expectativas do mercado em mais de 20%. A principal razão para esse resultado foram as pré-compras feitas por clientes americanos preocupados com as ameaças de tarifas do governo de Donald Trump.
Expectativa de certeza
O mercado europeu continua a enfrentar desafios relacionados a problemas econômicos internos e ameaças globais. A dependência da receita externa o torna particularmente vulnerável, mas, ao mesmo tempo, oferece oportunidades únicas de crescimento. A questão é se as empresas da região conseguirão aproveitar essas oportunidades e atender às expectativas dos investidores, mantendo-se competitivas diante da turbulência global.